Tobias é a melhor rima pra Dindi, e como Redimunho rima com o mundo, e o mundo o que mais tem é saudade... um dia eu morrerei na coleira pra não correr o risco de morrer longe de um amor.
Vocês estão entendendo o que é anáfora?
Pelo amor de Deus, a gente pode voltar naquela mesa daquela noite só pra explicar mais um pouquinho?
PAUTAS PARA 2014 NO ESPAÇO REDIMUNHO
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
Meu barco es Caçacheiro....
Rio moreno, de costas largas
Com cheiro de mar e cor do sertão.
Gabriel Stippe
Com cheiro de mar e cor do sertão.
Gabriel Stippe
Meu barco é o “Andorinha”
“O barulho do encontro das águas de um rio é como o marulho das ondas do mar, que gargalha como que dizendo: água, aqui jamais voltarás!”
Carlos Mendes
Carlos Mendes
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Pisa, caboclo
Ôi
Pisa, caboclo,
quero ver você pisar
Pisa lá que eu piso cá
quero ver você pisar
*Pisa, caboclo, quero ver você pisar
Na batida do meu samba
quero ver você dançar
*Pisa, caboclo, quero ver você pisar
Pisa lá que eu piso cá
quero ver quem vai pular
*Pisa, caboclo, quero ver você pisar
Na batida do meu gunga
quero ver você pular
*Pisa, caboclo, quero ver você pisar
ê Ogum ê
oi tada que o ma lembé
ê Ogum ê
oi tada que o ma lembé
ê Ogum ê
oi tada que o ma lembé
ê Ogum ê
oi tada que o ma lembé
ê Ogum ê
Pisa, caboclo,
quero ver você pisar
Pisa lá que eu piso cá
quero ver você pisar
*Pisa, caboclo, quero ver você pisar
Na batida do meu samba
quero ver você dançar
*Pisa, caboclo, quero ver você pisar
Pisa lá que eu piso cá
quero ver quem vai pular
*Pisa, caboclo, quero ver você pisar
Na batida do meu gunga
quero ver você pular
*Pisa, caboclo, quero ver você pisar
ê Ogum ê
oi tada que o ma lembé
ê Ogum ê
oi tada que o ma lembé
ê Ogum ê
oi tada que o ma lembé
ê Ogum ê
oi tada que o ma lembé
ê Ogum ê
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
De repente, na altura, a manhã gargalhou: um bando de maitacas passava, tinindo guizos, partindo vidros, estralejando de rir. E outro. Mais outro. E ainda outro, mais abaixo, com as maitacas verdinhas, grulhantes, incapazes de acertarem as vozes na disciplina de um corpo.(...) E agora os periquitos, os periquitinhos de guinchos timpânicos, uma esquadrilha, sobrevoando... E mesmo, de vez em quando, discutindo, brigando, um casal de papagaios ciumentos. Todos tinham muita pressa: os únicos que interromperam, por momentos, a viagem, foram os alegres tuins, os minúsculos tuins de cabecinhas amarelas, que não levam nada a sério, e que choveram nos pés de mamão e fizeram recreio, aos pares, sem sustentar o alarido – rrrl, rrrl! rrrl-rrril!...
...Augusto Matraga
...Augusto Matraga
NA ESTRADA...
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Il Fabbro
"Senhor crê, sem estar esperando? Tal que disse. Ainda hoje, eu mesmo, disso, para mim, eu peço espantos. Qu' é que me acuava? Agora, eu velho, vejo: quando cogito, quando relembro, conheço que naquele tempo eu girava leve demais, e assoprado. Deus deixou. Deus é urgente e sem pressa. O Sertão é dele. Eh!"
GSV
GSV
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Pelos Sertões
Sôbolos rios que vão...
Sôbolos rios que vão
Por Babilônia me achei,
Onde sentado chorei
As lembranças de Sião
E quanto nela passei.
Ali, o rio corrente
De meus olhos foi manado;
E, tudo bem comparado,
Babilônia ao mal presente,
Sião ao tempo passado.
Ali, lembranças contentes
Na alma se representaram;
E minhas cousas ausentes
Se fizeram tão presentes
Como nunca se pasaram.
CAMÕES
Por Babilônia me achei,
Onde sentado chorei
As lembranças de Sião
E quanto nela passei.
Ali, o rio corrente
De meus olhos foi manado;
E, tudo bem comparado,
Babilônia ao mal presente,
Sião ao tempo passado.
Ali, lembranças contentes
Na alma se representaram;
E minhas cousas ausentes
Se fizeram tão presentes
Como nunca se pasaram.
CAMÕES
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Quando a sabedoria está vestida de rugas!
"...os recordadores são, no presente, trabalhadores, pois lembrar não é reviver, mas re-fazer. É reflexão, compreensão do agora a partir do outrora; é sentimento, reaparição do feito e do ido, não sua mera repetição. O velho, de um lado, busca a confirmação do que se passou com seu coetâneos, em testemunhos escritos ou orais, investiga, pesquisa, confronta esse tesouro de que é guardião. De outro lado, recupera o tempo que correu e aquelas coisas que quando perdemos nos sentimos diminuir e
morrer."
Ecléa Bosi, "Memória e Sociedade - Lembranças de Velhos"
morrer."
Ecléa Bosi, "Memória e Sociedade - Lembranças de Velhos"
A Moreninha (Costumes)
"Neste momento a orquestra assinalou o começo do sarau. É preciso antecipar que nós não vamos dar ao trabalho de descrever este; é um sarau como todos os outros, basta dizer o seguinte:
Os velhos lembraram-se do passado, os moços aproveitaram o presente, ninguém cuidou do futuro. Os solteiros fizeram por lembrar-se do casamento, os casados trabalharam por esquecer-se dele. Os homens jogaram, falaram em política e requestaram as moças; as senhoras ouviram finezas, trataram de modas e criticaram desapiedosamente umas às outras. As filhas deram carreirinhas ao som da música, as mães, já idosas, receberam cumprimentos por amor daquelas e as avós, por não terem que fazer nem ouvir, levaram todo o tempo a endireitar as toucas e a comer os doces. Tudo esteve debaixo destas regras gerais, só resta dar conta das seguintes particularidades:
D. Carolina sempre dançou a terceira contradança com Augusto, mas, para isso, foi preciso que a Srª D. Ana empenhasse todo seu valimento; a tirana princesinha da festa esteve realmente daspiedada; não quis passear com o estudante.
A interessante D. Violante fez o diabo a quatro: tomou doze sorvetes, comeu pão-de-ló, como nenhuma, tocou em todos os doces, obrigou alguns moços a tomá-la por par e até dançou uma valsa de corrupio.
Augusto apaixonou-se por seis senhoras com quem dançou; o rapaz é incorrigível. E assim tudo o mais.
In: A Moreninha; Joaquim Manuel de Macedo
Obs.: Pareceu-me oportuno resgatar da literatura brasileira algumas cenas que retratam costumes que orientam cada época. Nesse sentido, resolvi começar pelo começo, já que A Moreninha (1844) é considerado o primeiro romance do Brasil.
Os velhos lembraram-se do passado, os moços aproveitaram o presente, ninguém cuidou do futuro. Os solteiros fizeram por lembrar-se do casamento, os casados trabalharam por esquecer-se dele. Os homens jogaram, falaram em política e requestaram as moças; as senhoras ouviram finezas, trataram de modas e criticaram desapiedosamente umas às outras. As filhas deram carreirinhas ao som da música, as mães, já idosas, receberam cumprimentos por amor daquelas e as avós, por não terem que fazer nem ouvir, levaram todo o tempo a endireitar as toucas e a comer os doces. Tudo esteve debaixo destas regras gerais, só resta dar conta das seguintes particularidades:
D. Carolina sempre dançou a terceira contradança com Augusto, mas, para isso, foi preciso que a Srª D. Ana empenhasse todo seu valimento; a tirana princesinha da festa esteve realmente daspiedada; não quis passear com o estudante.
A interessante D. Violante fez o diabo a quatro: tomou doze sorvetes, comeu pão-de-ló, como nenhuma, tocou em todos os doces, obrigou alguns moços a tomá-la por par e até dançou uma valsa de corrupio.
Augusto apaixonou-se por seis senhoras com quem dançou; o rapaz é incorrigível. E assim tudo o mais.
In: A Moreninha; Joaquim Manuel de Macedo
Obs.: Pareceu-me oportuno resgatar da literatura brasileira algumas cenas que retratam costumes que orientam cada época. Nesse sentido, resolvi começar pelo começo, já que A Moreninha (1844) é considerado o primeiro romance do Brasil.
João-de-barro
terça-feira, 3 de novembro de 2009
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