quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sôbolos rios que vão...

Sôbolos rios que vão

Por Babilônia me achei,

Onde sentado chorei

As lembranças de Sião

E quanto nela passei.

 



Ali, o rio corrente

De meus olhos foi manado;

E, tudo bem comparado,

Babilônia ao mal presente,

Sião ao tempo passado.

 



Ali, lembranças contentes

Na alma se representaram;

E minhas cousas ausentes

Se fizeram tão presentes

Como nunca se pasaram.

 



 



CAMÕES

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