O Grupo Redimunho de Investigação Teatral propõe uma oficina livre estruturada a partir de sua base de pesquisa: o universo de João Guimarães Rosa. A oficina abordará ainda a obra de Gabriel García Márquez, a cultura ribeirinha, sua musicalidade e o sincretismo religioso, fontes de estudo e inspiração para o atual processo do Grupo.
Dentro de um universo tão amplo, analisaremos trechos das obras desses autores, e abordaremos suas geografias, costumes e crenças que dialogam com o universo retratado e o processo de criação teatral. A partir das cinco viagens de pesquisa para a região onde Guimarães Rosa passou quando acompanhou a comitiva de 1952, o Grupo encontrou inspiração e adquiriu propriedade para desenvolver o discurso poético de seus artistas e espetáculos.
A oficina pretende conduzir seus participantes em um processo de criação semelhante ao que se dá no Grupo, partindo de todas essas referências e buscando trabalhar com as linguagens da arte: dança, música, artes plásticas e teatro. A oficina literomusical é inteiramente gratuita e faz parte da contrapartida social do projeto “Marulho o caminho do rio...” contemplado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
Pré-requisito: interessados em geral, a partir de 16 anos.
Duração: oito encontros de 4 horas entre os meses de agosto e setembro. Os interessados podem escolher seu dia de preferência: sábado das 14h às 18h; ou domingo das 15h às 19h. O início será dia 14 (sábado) ou 15 (domingo) de agosto.
Local: Casarão da Escola Paulista de Restauro. Rua Major Diogo, 91, Bela Vista, São Paulo/SP. Tel: 3101-9645 (próximo a estação Anhangabaú do metrô).
Os interessados deverão se inscrever encaminhando um e-mail para redimunho@gmail.com, com nome, idade, telefone para contato e o dia de preferência para a oficina.
PAUTAS PARA 2014 NO ESPAÇO REDIMUNHO
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Sobre eles
Fim-fim
O fim-fim é uma ave passeriforme da família Fringillidae. Também conhecido como vim-vim (MA), fi-fi-verdadeiro, vi-vi e puvi(interior de São Paulo). No Nordeste recebe a denominação de vem-vem, gaturamo-fifi ou guriatã. E aparece na música Cantiga de Vem-Vem, composta por Luiz Gonzaga:
vivo sempre escutando a cantiga de vem vem
quando ouço ele cantando penso ser você que vem
vivo de olho no caminho porque não chega ninguém
ai ai ai por fim não chega ninguem
quando perco a esperança parece uma tentação
me sento lá no terreiro
escoro o rosto com a mão
sem plano pobre coitado
fazendo risco no chão
ai ai ai fazendo risco no chão
tá vendo meu bem
tá vendo como e doce querer bem
faz inté levar em conta a cantiga de vem vem
ai ai ai a cantiga de vem vem
Características
Mede 9,5cm de comprimento e pesa cerca de 8g (macho).
É uma das espécies mais conhecidas do gênero Euphonia. Além do colorido do macho, outra característica marcante nessa ave é o canto assobiado, usado para contato entre o grupo e origem dos nomes comuns.
Sua voz pode ser facilmente reconhecida: “di-di”, “vi-vi” ou “fi-fi” (chamada de ambos os sexos). O canto é fraco, chilreado rápido podendo lembrar o de um pintassilgo. Também imitam outras aves. Macho e fêmea chamam-se nas andanças pela mata. À distância, pode ser confundido com um dos chamados do risadinha, quando faz fi-fi.
O fim-fim é uma ave passeriforme da família Fringillidae. Também conhecido como vim-vim (MA), fi-fi-verdadeiro, vi-vi e puvi(interior de São Paulo). No Nordeste recebe a denominação de vem-vem, gaturamo-fifi ou guriatã. E aparece na música Cantiga de Vem-Vem, composta por Luiz Gonzaga:
vivo sempre escutando a cantiga de vem vem
quando ouço ele cantando penso ser você que vem
vivo de olho no caminho porque não chega ninguém
ai ai ai por fim não chega ninguem
quando perco a esperança parece uma tentação
me sento lá no terreiro
escoro o rosto com a mão
sem plano pobre coitado
fazendo risco no chão
ai ai ai fazendo risco no chão
tá vendo meu bem
tá vendo como e doce querer bem
faz inté levar em conta a cantiga de vem vem
ai ai ai a cantiga de vem vem
Características
Mede 9,5cm de comprimento e pesa cerca de 8g (macho).
É uma das espécies mais conhecidas do gênero Euphonia. Além do colorido do macho, outra característica marcante nessa ave é o canto assobiado, usado para contato entre o grupo e origem dos nomes comuns.
Sua voz pode ser facilmente reconhecida: “di-di”, “vi-vi” ou “fi-fi” (chamada de ambos os sexos). O canto é fraco, chilreado rápido podendo lembrar o de um pintassilgo. Também imitam outras aves. Macho e fêmea chamam-se nas andanças pela mata. À distância, pode ser confundido com um dos chamados do risadinha, quando faz fi-fi.
fim fim fim fins
O fim-fim (Euphonia chlorotica) é uma espécie de ave da família Thraupidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude e florestas secundárias altamente degradadas.
domingo, 11 de julho de 2010
Os Grandes Imarcescíveis
Há seres entrelaçados
que têm a tristeza de estrelas
o ferimento interno dos espinhos
e paranóias que lhes servem de diversão
beliscam petiscos fora de hora
mas nunca esquecem o banquete que só encontram em casa
Os entrelaçados seres têm nós
que ninguém encontrará
eles se amarram nas gargantas
e não há nada que faça desatá-los
Os intrusos provocam
mas não passam da ante sala
os intrusos podem ver apenas a fachada
e pensam que atingiram o sótão
mas nunca foram além do porão
Os seres entreleçados têm um caminhão
de espelhos retroflexos
pra iludir os pérfidos
Seres entrelaçados são imarcescíveis
não murcham
e se perdoam sempre
porque seus bagos de uvas e vinhos
são perenes e sem idade
Seres entrelaçados são os protímenos
da divindade
Os entrelaçados não sofrem o tempo
porque bebem infinitas horas
e tiros de garrucha, espingarda ou escopeta
para os entrelaçados
são cócegas
Imarcescíveis
os protímenos são os meninos dos olhos
de quem fez o mundo
que têm a tristeza de estrelas
o ferimento interno dos espinhos
e paranóias que lhes servem de diversão
beliscam petiscos fora de hora
mas nunca esquecem o banquete que só encontram em casa
Os entrelaçados seres têm nós
que ninguém encontrará
eles se amarram nas gargantas
e não há nada que faça desatá-los
Os intrusos provocam
mas não passam da ante sala
os intrusos podem ver apenas a fachada
e pensam que atingiram o sótão
mas nunca foram além do porão
Os seres entreleçados têm um caminhão
de espelhos retroflexos
pra iludir os pérfidos
Seres entrelaçados são imarcescíveis
não murcham
e se perdoam sempre
porque seus bagos de uvas e vinhos
são perenes e sem idade
Seres entrelaçados são os protímenos
da divindade
Os entrelaçados não sofrem o tempo
porque bebem infinitas horas
e tiros de garrucha, espingarda ou escopeta
para os entrelaçados
são cócegas
Imarcescíveis
os protímenos são os meninos dos olhos
de quem fez o mundo
sábado, 3 de julho de 2010
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