Ela nasceu no mar e era inteirinha amor ao mar.
Ela bebia do mar tudo o que via,
e o mar nela morava e o mar ela o namorava:
a imensidão azul mistério,
as coisas que viviam nas suas funduras...
Sua pele brincava com a água
e se arrepiava toda quando a brisa lhe fazia cócegas.
Em seus olhos se viam gaivotas de brancas asas
e barcos a vela ao vento.
Quem lhe ouvisse o coração a bater
juraria que eram ondas...
Mas havia uma coisa que ela não podia entender:
era uma tristeza, suave, nostalgia.
Não lhe bastava o mar infinito.
Havia os vazios, desejos, ausência imensa,
saudade de algo que lhe faltava.
E ela sonhava com coisas longínquas, e as amava:
floresta que nunca vira
e pensava que seria bom se um dia
o mar e a selva se encontrassem
e o azul e o verde se misturassem...
giovanna galdi
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