SEXTO / D. DINIZ
Na NOITE escreveu um seu Cantar de Amigo
O planador de naus a haver,
E ouve um silêncio murmurou consigo:
É o rumor dos pinhaes que, como um trigo
De Imperio, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar:
E a falla dos pinhaes, marulho obscuro,
É o som presente d'esse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
Fernando Pessoa
O Eu Profundo e os Outros Eus
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