sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lembro de Minas...

Nos varais: estendidas roupas

Nas paredes uma cor gasta como se a muito estivesse ali
e próximo ao chão, marcas de terra de tempos que já foram

Portas feitas à mão, telhas feitas de coxas, colunas de madeira

Estradas abertas em meio às matas... que se extendem pelos lados que se olha

Rios, riachos, água em abundância, passando pela primera e última vez por aquele lugar
Vida. Em tudo.
Gente enrugada com duros pés
Tantas histórias, de um tudo de coisas
Gente que veio e que foi, que nem fotos puderam eternizar,
mas que duram nos lampejos de memória que ainda restam, daqueles que ainda estão pra contar.

É o sertão, o bom e velho, calmo e forte, que ainda existe.


Vitor Rodrigues


"Vai, vai, vai, amanhã muito cedinho
O cavalo da viagem chama roxo ou canarinho
Você diz que sabe sabe, mas não sabe fazer conta
vinte e cinco guardanapos tem cruzeiro em cada ponta"


- Cantiga popular

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