terça-feira, 10 de dezembro de 2013

ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES DE TAREIAS!!!

ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES DE TAREIAS!!!
Rua Álvaro de Carvalho,75 - próximo metrô Anhangabaú.
Domingos e Segundas às 20:00 hs.
Informações: 11 3101.9645 ou 11 9.7541.7077


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Redimunho no Festival do Minuto - Votem!!! - Concurso: Em Briga de Marido e Mulher Se Mete a Colher


Violência velada, íntima.
 
http://www.minutoad.com.br/videos/21943?locale=pt-BR#

 

 ...em todo o planeta, 38% dos assassinatos de mulheres são cometidos pelos parceiros íntimos das vítimas.

Tags: mulher, violencia domestica, violência domestica, Em Briga de Marido e Mulher se Mete a Colher, Violência doméstica, Violencia Doméstica


Concursos: Em Briga de Marido e Mulher Se Mete a Colher
http://www.minutoad.com.br/videos/21943?locale=pt-BR#

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

\o/ Quero Incentivar: Vesperais nas Janelas




Vesperais nas Janelas


 

Resumo

O projeto envolve a produção, a remontagem e a reestreia do espetáculo Vesperais nas Janelas, do Grupo Redimunho de Investigação Teatral, texto e direção de Rudifran Pompeu. A nova temporada contará c

Objetivo

Realizar 32 apresentações do espetáculo Vesperais nas Janelas, do Grupo Redimunho de Investigação Teatral, texto e direção de Rudifran Pompeu, na cidade de São Paulo, com caravanas vindas de diversas cidades do interior do estado; difundir e ampliar os resultados alcançados com o espetáculo; e permitir maior acesso ao bem cultural.

Nº do Diário Oficial

17976556

Onde vai acontecer

SP: Todas as cidades

Data de realização


Público

Destinado à um público de amplo perfil, proveniente de distintos segmentos culturais, econômicos e sociais, com idade variando de 12 a 90 anos e interessados no assunto, sejam espectadores, classe artística e/ou empresários.

Descrição

PRÉ-PRODUÇÃO:
·      Captação de recursos
·      Definição de prestadores de serviços e fornecedores de materiais para cenografia (Assessoria de imprensa, designer gráfico, gráfica, empresas de transporte, fotografia e filmagem de registro etc. / 30 dias);
·      Cenografia do Espaço Redimunho para o espetáculo (30 dias);
·      Montagem da iluminação para o espetáculo (30 dias);
·      Ensaios para as apresentações (45 dias);
·      Definição das cidades de onde sairão as caravanas para assistirem ao espetáculo e suas respectivas produção e organização (30 dias).
PRODUÇÃO/EXECUÇÃO:
·      Impressão do material gráfico, após sua aprovação pelo PROAC (15 dias);
·      Início do plano de divulgação (15 dias antecedentes ao início da temporada até o fim da mesma);
·      Reestreia e apresentações de Vesperais nas Janelas na cidade de São Paulo, num total de 32 apresentações, com caravanas vindas do interior do estado para assistirem ao espetáculo (120 dias);
·      Fotografia e filmagem das etapas de trabalho e das apresentações para registro documental (240 dias).
PÓS – PRODUÇÃO:
·      Desmontagem do espetáculo (3 dias);
·      Elaboração e envio de relatórios (30 dias);
·      Prestação de contas (30 dias).
Obs. Todos os prazos são estimados, podendo variar durante a execução do projeto, dentro das definições estabelecidas pela Secretaria de Cultura do São Paulo.

Mais informações em:
http://queroincentivar.com.br/projeto/vesperais-nas-janelas/

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Arquivo: 2011: “Marulho” capta com maestria inquietantes mistérios campestres

Afonso Gentil, especial para o Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)
Com pouco mais de quatro anos de vida, o Redimunho de Investigação Teatral tem se mantido coerente à trilha proposta desde o início, a de um teatro de feições
Elenco de "Marulho: o Caminho do Rio"
antropológicas que reflete um pouco conhecido e pouco explorado Brasil “profundo”. Mais especificamente da população campesina, aquela das crendices seculares, que acabaram se incorporando a esse mundo  aparentemente prosaico, mas de profundos mistérios.  Em Marulho: o Caminho do Rio, há, como nos belos A Casa e Vesperais nas Janelas, suas duas primeiras montagens, aquele movimento surdo, quase imperceptível,  de ondas “cristalinas e permanentes” permeando a ação e deixando as personagens em mágico estado de suspensão entre o real e o imaginário.
No universo repaginado com raros vigor e rigor criativos, entre os novos encenadores, por Rudifran Pompeo, primeiramente como dramaturgo e, igualmente como diretor, com inconfundível e personalíssima  visão estética da perenidade das tradições populares, das gentes simples do interior, Marulho capta o telúrico que emana daqueles seres tão rudes quanto ingênuos. Por isso mesmo, tão distantes e alheios às mazelas de nós citadinos, para sua própria felicidade.
O crítico teatral Edgar Olimpio de Souza, em sua revista eletrônica Stravaganza se demorou, com invejável perspicácia, cena a cena, intenção por intenção, o quanto Rudifran e sua equipe formam um todo coeso nesse “relato de densidade poética, que transpira delicadeza em um clima mágico e fabular”. E imune, acrescentamos agora nós, a certas assertivas descabidas (para dizer o menos) enfileiradas em jornal de grande prestígio, notadamente quando se demora na prosódia utilizada pelo elenco, totalmente equivocada, segundo o articulista. Justamente aquela prosódia que vem desde os tempos dos gregos, é mole?
O que causa polêmica (saudável, aliás) é a inserção, entre as cenas, dos conflitos vivenciados pelo Redimunho, durante a construção do espetáculo, criando um clima pirandeliano pelos seus pungentes e doloridos questionamentos do “ser ator” e do “ser ficção”, jogo muito teatral e muito atraente quando colocado em cena, como aqui.
Ao mesmo tempo, o recurso do carteiro que adentra a cena fictícia (real, para nós) trazendo cartas ameaçadoras para a equipe, sacode o ritmo por si contemplativo (mas, jamais monótono) dos causos, com o “frisson” (arrepio) das fofocas e indagações das coxias.
É tranquilizante e salutar termos em atividade um grupo como o Redimunho. Prazer um tanto raro, em meio a tanta egolatria que grassa em palcos bajulados pela mídia.
SERVIÇO:
MARULHO O CAMINHO DO RIO/  Espaço Redimunho à rua Álvaro de Carvalho, 75, Centro / fone 3101-9645 /R$ 30,00 (inteira) / 12 anos / Sábados às 2l horas e aos domingos às l9h/ Duração: 140 minutos

Afonso Gentil, colunista e crítico teatral do Aplauso Brasil

http://aplausobrasil.org/2011/02/23/marulho-capta-com-maestria-inquietantes-misterios-campestres/#more-2958

terça-feira, 23 de julho de 2013

Consciência cósmica

Já não preciso de rir.
Os dedos longos do medo
largaram minha fronte.
E as vagas do sofrimento me arrastaram
para o centro do remoinho da grande força,
que agora flui, feroz, dentro e fora de mim...

Já não tenho medo de escalar os cimos
onde o ar limpo e fino pesa para fora,
e nem deixar escorrer a força dos meus músculos,
e deitar-me na lama, o pensamento opiado...

Deixo que o inevitável dance, ao meu redor,
a dança das espadas de todos os momentos.
e deveria rir, se me restasse o riso,
das tormentas que poupam as furnas da minha alma,
dos desastres que erraram o alvo do meu corpo...

Magma - JGR


O livro Magma ficou por 60 anos sem ser publicado e ganhou o status de lenda. Conhecido por poucos, inacessível a muitos, tinha a existência clandestina. Apesar de ter ganhado, em 1936, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, o livro sempre foi considerado uma obra menor pelo autor. Durante sua vida, Guimarães Rosa não demonstrou qualquer interesse em publicá-lo, chegando a dizer em entrevista: "[...] escrevi um livro não muito pequeno de poemas, que até foi elogiado. [Depois] passaram-se quase dez anos, até eu poder me dedicar novamente à literatura. E revisando meus exercícios líricos, não os achei totalmente maus, mas tampouco muito convincentes". Assim, só muitos anos após a morte de seu autor, em 1997, é que Magma veio a público.

Segue o discurso proferido por Guimarães Rosa em agradecimento ao prêmio concedido pela Academia Brasileira de Letras, ao livro de poesia Magma.

"O poeta não cita: canta. Não se traça programas, porque a sua estrada não tem marcos nem destino. Se repete, são idéias e imagens que volvem à tona por poder próprio, pois que entre elas há também uma sobrevivência do mais apto. Não se aliena, como um lunático, das agitações coletivas e contemporâneas, porque arte e vida são planos não superpostos mas interpenetrados, com o ar entranhado nas massas de água, indispensável ao peixe — neste caso ao homem, que vive a vida e que respira arte. Mas tal contribuição para o meio humano será a de um órgão para um organismo: instintiva, sem a consciência de uma intenção, automática, discreta e subterrânea.

Com um fosso fundo ao redor de sua turris ebúrnea, deixa a outros o trabalho de verificarem de quem recebeu informações ou influências e a quem poderá ou não influenciar.

E o incontentamento é o seu clima, porque o artista não passa de um místico retardado, sempre a meia jornada. Falta-lhe o repouso do sétimo dia. Não tem o direito de se voltar para o já-feito, ainda que mais nada tenha por fazer.

A satisfação proporcionada pela obra de arte àquele que a revela é dolorosamente efêmera: relampeja, fugaz, nos momentos de febre inspiradora, quando ele tateia formas novas para exteriorização do seu magma íntimo, do seu mundo interior. Uma tortura crescente, o intervalo de um rapto e um quase arrependimento. Pinta a sua tela, cega-se para ela e passa adiante. Se a surdes de Beethoven tivesse lhe trazido a infecundidade, seria um símbolo. Obra escrita — obra já lida --- obra repudiada: trabalhar em comeias opacas e largar o enxame ao seu destino, mera ventura de brisas e de asas.

Tudo isto aqui vem tão somente para exaltar a importância que reconheço ao estimulo que me outorgastes. Grande, inesquecível incentivo. O Magma, aqui dentro, reagiu, tomou vida própria, individualizou-se, libertou-se do seu desamor e se fez criatura autônoma, com quem talvez eu já não esteja muito de acordo ,mas a quem a vossa consagração me força a respeitar. Sou-lhe grato, principalmente, pelo privilégio que me obteve de poder --- sem demasiadas ilusões, mas reverente --- levantar a voz neste recinto, como um menino que depõe o seu brinquedo na superfície translúcida de uma água, para a qual a serenidade não é a estagnação, e cujo brilho da face viva nada rouba à projeção poderosa da profundidade (...)."



(Revista da Academia Brasileira de Letras, anais de 1937, ano 29, vol 53, p. 261-263)

sábado, 20 de julho de 2013

Seu nome é hoje (Gabriela Mistral)

Somos culpados
de muitos erros e faltas
porém nosso pior crime
é o abandono das crianças
negando-lhes a fonte
da vida
Muitas das coisas
de que necessitamos
podem esperar. A criança não pode
Agora é o momento em que
seus ossos estão se formando
seu sangue também o está
e seus sentidos
estão se desenvolvendo
A ela não podemos responder “amanhã”
Seu nome é hoje.

Nacimiento de una casa (Gabriela Mistral)

Una casa va naciendo
en duna californiana
y va saltando del médano
en gaviota atolondrada.

El nacimiento lo agitan
carreras y bufonadas,
chorros silbados de arena,
risas que suelta la grava,
y ya van las vigas-madres
subiendo apelicanadas.

Puerta y puertas van llegando
reñidas con las ventanas,
unas a guardarlo todo,
otras a darlo, fiadas.

Los umbrales y dinteles
se casan en cuerpos y almas,
y unas piernas de pilares
bajan a paso de danza...

Yo no sé si es que la hacen
o de sí misma se alza;
mas sé que su alumbramiento
la costa trae agitada
y van llegando mensajes
en flechas enarboladas...

El amor acudiría
si ya se funde la helada,
y por dar fe, luz y aire,
hasta tocarla se abajan,
aunque se vea tan solo
a medio alzar las espaldas...

Llegando están los trabajos
menudos, pardos y en banda,
cargando en gibados gnomos
teatinos, mimbres y lanas
que ojean buscando manos
todavía no arribadas...

Y baja en un sesgo el Ángel
Custodio de las moradas
volea la mano diestra,
jurándole su alianza
y se la entrega a la costa
en alta virgen dorada.

En torno al bendecidor
hierven cien cosas trocadas;
fiestas, bodas, nacimientos,
risas, bienaventuranzas,
y se echa una Muerte grande,
al umbral, atravesada...

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Sonho de uma tarde de inverno

Fiquei, longamente, a ler, no frio
da tarde quieta,
uma crônica do tempo merovíngio,
dos monges da Abadia de Cluny.
E um rádio gritante trouxe pela janela,
todo o banzo e o azougue de um samba sensual:
vôo de cantáridas tontas
no hálito de incenso de uma nave,
fenestrada de ogivas e ventanas
e toda colorida de vitrais...

E no vago torpor do meu subsonho,
vi como trabalhava,
extasiado, na penumbra
parda de um meio inverno,
um monge
rendilhador de jóias de ouro,
discípulo, talvez, de Santo Elói:
depois de modelar um cimo de coroa,
com Virtudes de auréola
em meio de anjos louros,
e de cinzelar,
na pasta de sol frio do rebordo
de um anel real,
uma rosácea, um gládio e um globo,
deixou errar seus dedos e seus sonhos,
e fez crescer, no jalde de um cibório,
o relevo de uma Vênus
com um Cupido ao solo...

E era tão bela a sua idéia de ouro,
e foi tão casto e cristão o beijo longo
que ele pôs na deusa,
que a tênue poeira flava do seu êxtase
de pronto se esvaiu.

E então, febril,
murmurando, constante, um exorcismo,
santificando traços, disfarçandos os nus,
fez depressa da Vênus uma Virgem,
e do pagãozinho alado um menino Jesus.
Depois, sorrindo, o santo joalheiro
rezou, com outro beijo, a sua contrição...

E mil diabinhos crepitaram nas chamas,
rubros, rindo,
porque agora o seu beijo
fora ardente e pagão...

João Guimarães Rosa - Magma  - 1936

domingo, 23 de junho de 2013

Manuelzão e Bananeira

Manuelzão


- Manuelzão, é verdade que você anda armado?
- É, sempre andei armado!
- Manuelzão, você está armado aqui, hoje?
- Tô!
- Com uma ‘faquinha’ dessas, aqui em São Paulo você não resolve nada.
A reposta de Manuelzão revelava a sua simplicidade:
- Não resolve, mas ajuda! Dá para descascar uma laranja.

domingo, 2 de junho de 2013

Grupo Redimunho de Investigação Teatral no dia 08 de março, dia da mulher - Fotos por Everton Monteiro

por Everton Monteiro
No dia 08 de março, dia da mulher, me deparei com uma cena inusitada na Avenida Paulista. Tudo bem, cenas inusitadas acabam sendo até que corriqueiras por lá. Diversas manifestações populares, artistas de rua, protestos...
Mas essa peça teatral apresentada pelo  Grupo Redimunho de Investigação Teatral me surpreendeu.

A mim e a todos que passavam por ali, em frente ao Center 3. Oito mulheres batendo uma massa de bolo com uma colher de pau. Sujas de sangue (simulado), concentradas e ao mesmo tempo submissas, ditando a receita do bolo que estavam fazendo. Surpreendente, chocante, muito, mas muito criativa a forma de protesto para marcar o dia da mulher e da impunidade de mulheres que são agredidas em seus lares e, mesmo sob as torturas e maus tratos, seguem quietas em suas rotinas domésticas. Parabéns ao Grupo Redimunho.Conseguiram passar o seu recado. Não dá para não portar uma câmera fotográfica quando se está na Avenida Paulista!































sexta-feira, 31 de maio de 2013

Keyth Pracanico, atriz do Grupo Redimunho de Investigação Teatral


Retratos do teatro - Keyth Pracanico, atriz do Grupo Redimunho de Investigação Teatral.
(All rights reserved © por Bob Sousa) — com Redimunho De Investigação Teatral e Keyth Pracanico.

por Bob Sousa

quarta-feira, 22 de maio de 2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

reunião com Juca Ferreira dia 27 de maio, às 19 horas!!!

Agora vai!
ATENÇÃO: Por incompatibilidade de agendas, a reunião com Juca Ferreira foi alterada do dia 20 para o dia 27 de maio.

Anotem na agenda: dia 27 de maio, às 19 horas, tem reunião com Juca Ferreira, secretário de Cultura de São Paulo. Vamos todos ao Centro Cultural São Paulo!
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sexta-feira, 3 de maio de 2013

O Sono das Águas

"Há uma hora certa,
no meio da noite,
uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio,
na lagoa,
no açude,
no brejão,
nos olhos d’água,
nos grotões fundos.
E quem ficar acordado,
na barranca,
a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir…
Águas claras,
águas barrentas,
sonolentas,
todas vão cochilar.
Dormem gotas,
caudais,
seivas das plantas,
fios brancos,
torrentes.
O orvalho sonha nas placas das folhagens
e adormece.
Até a água fervida,
nos copos de cabeceira dos agonizantes…
Mas nem todas dormem,
nessa hora de torpor líquido e inocente.
Muitos hão de estar vigiando,
e chorando, a noite toda,
porque a água dos olhos
Essa… nunca tem sono…" (JGR - MAGMA)